segunda-feira, 30 de julho de 2012

ATITUDES DIANTE DA OBRA DE DEUS EM NÓS

SOMOS TODOS LEPROSOS...

Lucas 17.11-19


17.11 De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia.
17.12 Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
17.13 que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
17.14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.
17.15 Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,
17.16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.
17.17 Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?
17.18 Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?
17.19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.

Ouvi por esses dias, um pregador usando esta ilustração para falar sobre o poder do pecado e a nossa total incapacidade em nós mesmos de lidar com ele. O pregador contava a respeito dos diferentes tipos de lepra. Ele havia trabalhado em um leprosário e fazia uma classificação dos diferentes estágios que a lepra atingia no corpo de uma pessoa. Ele dizia que se trouxesse alguém num estágio mais avançado, quando chegasse no estacionamento da igreja todos sentiriam o mal-cheiro. Se ele pusesse o enfermo diante da igreja, seria possível que alguém tentasse remediar a situação. Talvez comprasse a seda mais cara e mais fina e envolvesse a pessoa nessa seda. Contudo, não demoraria muito a seda grudaria no sangue e na pele do doente e sua aparência e estado ficariam até piores.

Pois bem, este exemplo ilustra muito bem o que nossos esforços podem fazer para resolver o problema do pecado: NADA!

Precisamos ser gratos a Deus pela sua obra em nossas vidas. Precisamos agradecer pelo que Jesus fez por nós na cruz do Calvário. Quando por meio de sua morte, derramamento de Seu sangue, Ele nos deu a possibilidade de ficarmos limpos de nosso pecado, sermos curados de nossa lepra e estarmos em comunhão com Deus desde agora e para sempre.

Esta é a obra de Deus operando e atuando em nossas vidas. Porém, é possível que mesmo diante do que Deus tem feito em nossas vidas, nós não nos apresentemos ante a Ele com a atitude correta em nossos corações. É bem possível e provável que nós não tenhamos atitudes condizentes com a obra que Deus tem feito em nossas vidas.

ATITUDES QUE DEVEMOS E QUE NÃO DEVEMOS TER DIANTE DA OBRA DE DEUS EM NOSSAS VIDAS.

I - OS NOVE INGRATOS NOS MOSTRAM ATITUDES QUE NÃO DEVEMOS TER DIANTE DA OBRA DE DEUS EM NOSSA VIDA.

1. VALORIZAÇÃO MAIS DA FORMALIDADE DO QUE DE JESUS.

Os dez clamaram a Jesus. Os dez foram atendidos. Nove não desejaram nenhum relacionamento com Jesus. Apenas um percebeu que fora curado e retornou, glorificando a Deus, prostrando-se (atitude de um adorador) diante de Jesus e agradecendo-lhe.

Tem muita gente boa achando que tem a atitude correta de um adorador, enquanto está servindo a religiosidade do seu umbigo e não ao Deus vivo e verdadeiro. Ao Deus que deve ser adorado em espírito e em verdade...

Nove continuaram com a lepra da alma, um se viu livre da lepra do corpo e da alma. Nove eram do povo escolhido de Deus, um era do povo estrangeiro, considerado impuro, samaritano... No que nós, presbiterianos nos assemelhamos a estes nove leprosos?

Qual a atitude que devemos ter? Em quem devemos ter nosso foco? Com certeza o nosso foco não deve estar na tradição, no tradicionalismo, mas em Jesus e em sua Palavra.

2. INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL.

É possível, que os nove estavam tão focados nas tradições e na religiosidade que nem notaram a cura que havia sido operada em sua vida. "Tem gente que já recebeu o milagre e nem nota”.

Muitas vezes, devido as lutas e as adversidades, ou mesmo por focarmos naquilo que não deveríamos, tornamo-nos insensíveis. E a benção pode estar muito mais perto do que imaginamos, ou quem sabe, já até chegou, e nós nem notamos.

Assim acontece com muitos. Muitos já receberam tanto, e não notam e também não agradecem... Isso pode acontecer também conosco.

3. INGRATIDÃO.

A INGRATIDÃO REVELA FALTA DE CONSCIÊNCIA DA AÇÃO DIVINA.É preciso prevenir-se quanto ao pecado da ingratidão, pois, ela revela a nossa falta de consciência quanto ao que o Senhor tem feito. Quando colocamos os olhos no agir de Deus em nossas vidas, desenvolvemos melhor a gratidão.” Revista Crescendo em Santidade

MINHA GRAMA É MAIS VERDE
Certo homem encontrou-se com um amigo, que era um grande e reconhecido poeta, e pediu-lhe: - Olá, meu amigo... Que bom encontrá-lo. Estava pensando justamente em você. Vou vender o meu sítio, que você conhece tão bem. Poderia redigir para mim o anúncio do jornal?

O poeta, prontamente, apanhou o papel e escreveu: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".

- Ficou ótimo, meu amigo. Eu sabia que ninguém poderia fazer um anúncio melhor que você. Obrigado. Meses depois, os dois se reencontraram e o poeta perguntou ao homem se já havia conseguido vender o sítio.

- Nem pense mais nisso, meu amigo. Quando cheguei em casa e li o anúncio para a minha esposa, descobrimos que somos donos de um pequeno paraíso.

Eu te louvarei, Senhor, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.Salmo 9.1

Como conseqüência, eles não ouviram naquela oportunidade a palavra de salvação de Jesus, como o leproso samaritano ouviu.

II - O LEPROSO SAMARITANO NOS MOSTRA ATITUDES QUE DEVEMOS TER DIANTE DA OBRA DE DEUS EM NOSSA VIDA.

1. O leproso samaritano preferiu a presença de Jesus.

A cumprir com as formalidades que agradariam aos homens, ele preferiu dirigir-se a presença de Jesus. Esse ex-leproso importou-se mais em estar na presença de Jesus do que em cumprir as formalidades da lei cerimonial.

O que acontece quando damos mais valor às formalidades do que a Jesus? Com certeza, não há muito contentamento nem muita satisfação. Não desfrutamos da vida em abundância que ele tem para nós.

Porém, quando nos aproximamos de Jesus preferindo a sua presença a qualquer outra coisa que até consideremos importante, somos agraciados pela sua luz enchendo o nosso ser e a sua glória inundando a nossa alma.

Será que em nosso dia-a-dia temos preferido estar na presença de Jesus?

2. O leproso samaritano focou na gratidão a Jesus.

A palavra nos diz que: “[O leproso] vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.” (v.15-16).

Esse leproso samaritano nos ensina a preciosa lição concernente a gratidão. Se quisermos agradar a Deus com a atitude certa é preciso que sejamos agradecidos.

O salmista parece que conhecia muito bem esta lição porque no Salmo 103.1-2 ele diz: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.

MANTENHA SEU SENSO DE GRATIDÃO

O escritor Philip Yancey escreve: "Na minha primeira visita ao Parque Nacional de Yellowstone, multidões de turistas cercaram o gêiser Old Faithful, com câmeras já engatilhadas como armas, enquanto um grande relógio digital previa a próxima erupção. Estávamos na sala de jantar da pousada que dava para o gêiser quando o relógio mostrou que faltava um minuto para o evento. Então, junto com todos os outros que estavam comendo, corremos para a janela para ver o grande acontecimento. Fazíamos 'oh' e 'ah' e clicávamos nossas câmeras; alguns até aplaudiam. Mas olhando para trás percebi que nenhum dos garçons ou dos atendentes se incomodaram em sequer olhar para cima. O Old Faithful havia se tornado tão familiar que não conseguia mais impressioná-los".

Na verdade, nossos dias devem ser cheios de gratidão. Ela deve ser o resultado permanente de olharmos e enxergarmos além de cada bênção sua fonte infalível, o Senhor. O amor, a fidelidade e a misericórdia de Deus já estão operando quando os nossos olhos se abrem todos os dias.

3. O leproso samaritano teve atitude de verdadeiro adorador.

A palavra de Deus nos diz que: “[O leproso] vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.” (v.15-16).

Dando glória a Deus... reconhecendo a quem pertence a glória e o mérito do que aconteceu. Será que temos reconhecido e dado toda a glória devida a Deus?

Prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus... rendeu-se entregando-se inteiramente em reconhecimento ao que Deus fez em sua vida. Será que temos entregue ao Senhor tudo aquilo que lhe é devido?

Como conseqüência de tudo isso, o leproso samaritano ouviu as palavras da salvação de Jesus que os outros não ouviram.

Quem prefere Jesus, tem salvação, cura da alma, privilégio de adorar a Deus.

Assim como não temos condição de lidar e resolver o problema da lepra, mesmo se usarmos a melhor seda. Não temos em nós mesmos condição nenhuma de resolvermos o problema da lepra espiritual chamada pecado.

No início, os dez leprosos estavam de longe. Depois da cura, os nove continuaram ainda mais distantes, apenas um teve o privilégio de se aproximar de Jesus, o adorar... e ... ouvir do Mestre as palavras da salvação.

Ele achou mais importante agradecer a Jesus pela cura do que cumprir com as formalidades da lei. Não que a lei não fosse importante, mas ali estava quem era maior que a lei, o próprio legislador.

Muito mais interessante do que as bênçãos temporais de Deus nesta vida, são as bênçãos eternas e para a eternidade. A presença de Jesus é muito mais importante do que a cura física. Não adianta nada ser curado de lepra no corpo, e continuar com a lepra na alma.

Por isso, que a exemplo do ex-leproso samaritano, dirijamo-nos a Jesus com a atitude certa em nossos corações: - Preferindo sua presença, - Com Gratidão, - Atitude de verdadeiro adorador.

terça-feira, 17 de julho de 2012

UMA JORNADA PARA O CÉU


Salmos


27.13   Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes.


27.14   Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR.
 Somos chamados a seguir na direção do Senhor. Muitas vezes, forças opositoras se apresentam diante de nós para nos tentar impelir para a direção oposta do Senhor. Muitos ao observarem que estas forças são muito impetuosas se inclinam ante a tendência de prosseguir na mesma direção a que estão sendo impelidos fazendo cessar a oposição, porém, caminhando para distante de Deus.
O que tenho percebido diante deste quadro tão comum, ainda que geralmente passe despercebido pela maioria dos cristãos e servos de Deus é que, mesmo estas forças opositoras, dentro do escopo da sabedoria e soberania divina, são ferramentas nas mãos do Pai celeste para esculpir em nós o caráter de Cristo.
Desta forma, quanto mais resistimos ao impelir destas oposições e prosseguimos em direção ao Senhor, ainda que pareça que não estamos dando um único passo ou fazendo progresso algum na jornada, estamos cada vez mais fortalecidos e moldados por Deus. Através do fogo das provações, do vento das tribulações, das tempestades da vida, à medida que caminhamos perseverantemente com fé e esperança somos transformados pelo próprio Senhor.
Precisamos estar conscientes de que enquanto estivermos nessa jornada rumo ao Senhor, estas realidades estarão presentes.
UMA JORNADA PARA O CÉU
A JORNADA CRISTÃ
 No filme O Peregrino - Uma Jornada Para o Céu, adaptação moderna do maravilhoso e clássico livro de John Bunyan, Christão e seus companheiros seguem numa grande jornada da Cidade da Destruição para os portões do céu enquanto eles encaram grandes e pequenos obstáculos feitos por homens e demônios.
Esta magnífica fábula de Bunyan nos ensina sobre a e esperança presentes na vida cristã, e mostra a triunfante glória que espera a todos os que seguem perseverantemente com fidelidade o Rei dos reis!
Se pararmos para pensar, a jornada de Christão é a nossa jornada em direção ao céu, para os braços do Pai. Embora seja uma jornada com um destino certo e maravilhoso, a trajetória nem sempre é tranqüila e transcorre a mil maravilhas. Contudo, para os que se encontram nesta jornada há o desafio e o chamado de Fé no Porvir, Perseverança no Presente e Esperança para agora e muito mais para depois.
Assim, precisamos olhar para esta vida e para vida além, com a atitude certa em nossos corações. Não podemos tirar os nossos olhos do céu, mas também não podemos nos esquecer de nossos pés aqui na terra. Aconteça o que acontecer, vivamos o que quer que seja.
QUANDO OLHO PARA ESTES DOIS VERSÍCULOS PERCEBO ALGUNS RECURSOS PARA ESTA JORNADA:
1.     ESPERANÇA.
Quando o salmista diz que crê que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes, dentre outras coisas ele está dizendo que apesar das situações de aflição e até mesmo risco de vida em que ele se encontra, ele tem esperança de experimentar a bondade de Deus ainda nesta vida.
Em outras palavras, a esperança que Ele tem em Deus é tão certa e tão forte que ele não apenas aguarda em Deus para além desta vida (Sl 27.10), como ele tem a plena convicção de que experimentará o livramento de Deus enquanto ainda está vivo.
  "O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam." Naum 1.7
Da mesma maneira que o salmista tem esta esperança em Deus de que a sua bondade se manifestará sobre sua vida, nós precisamos também desta esperança para continuarmos nossa jornada. Por isso, ele diz de forma tão enfática: "Espera pelo Senhor (...) espera, pois, pelo Senhor".
Podemos e devemos esperar no Senhor, pois é na sua palavra e em suas promessas que encontramos esperança. Quando Josué assumiu a liderança do povo para concretizar a promessa de Deus em relação a terra prometida, o Senhor o exortou revestindo-o de esperança quando Ele disse:
Josué 1.5   "Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei." 1.9  "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares."
2.     FÉ.
O salmista diz: "Eu creio"... Isto tem tudo a ver com a maneira a que o cristão é chamado a trilhar sua jornada sobre a face da terra. Andando não por vistas, mas por fé. Uma caminhada de fé mesmo quando tudo parece contrário, expectativas que não são boas e o mar da vida que se encontra revolto.
O salmista diz: "eu creio", e assim ele declara a sua fé, sua confiança nas promessas de Deus, sua certeza e plena convicção de que a Palavra do Senhor não mente e não falhará.
Desta mesma forma, este chamado de Fé é para cada um de nós. Quando as circunstâncias se acham perturbadoras, e tudo aquilo que vemos parece dizer o contrário do que Deus já nos disse, somos chamados a andar por Fé.  
No versículo 3, o salmista declara que ainda que um exército se acampe ou mesmo se a guerra estourar contra ele, ainda sim ele terá confiança, continuará a crer. Sempre que me reporto a este versículo sou levado a pensar no profeta Eliseu quando esteve cercado pelo exército da Síria.
2Reis 6.16-17 "Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu."


Muitas vezes, as situações que nos cercam são como um exército perigoso e fortemente armado ao nosso redor para nos atacar e destruir. Como o moço de Eliseu, não enxergamos possibilidade de auxílio ou escape e, então, nos desesperamos. É nessa hora que precisamos olhar para as circunstâncias com os olhos da fé e saber que "mais são os que estão conosco do que os que estão com eles".
Quando o salmista diz: "eu creio", ele não esta fazendo uma declaração da boca para fora, mas ele está expressando aquilo que se encontra em seu coração.  Este chamado de fé é para cada um de nós.
3.     PERSEVERANÇA.
Numa formatura alguém disse: "Maior é o número dos que desistem do daqueles que fracassam". Na vida cristã, não somos chamados para o fracasso nem tampouco para desistir, mas a disposição que cabe a nós termos é o de perseverança.
O salmista diz: "tem bom ânimo, fortifique-se o teu coração". Ter bom ânimo, ter o coração fortalecido, é uma disposição pessoal ante os fatores contrários da vida, significa: perseverança. É uma firme resolução de buscar constantemente em Deus os recursos que Ele já nos deu para continuarmos nesta caminhada perseverantemente.
Muitos são aqueles que começam uma jornada cristã e um compromisso com Deus nesta vida. Porém, muitos são aqueles que desistem à medida que a caminhada se torna difícil.
Não são raras as vezes na jornada em que o ambiente o qual nos encontramos se torna inóspito e o caminho parece se tornar sombrio. É nesse momento que a Palavra deve ecoar em nosso coração e devemos evocar o que o Senhor nos tem dito: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam."(Salmo 23.4).
E é essa presença que nos fortalece e nos leva a perseverar. A perseverança nos convida a sobrepujar nossos temores, fadigas e aflições. A palavra nos diz: "tem bom ânimo" Anime-se! A palavra diz: "Fortifique-se o teu coração" - com o abastecimento de fé e esperança provindas do trono da graça, a palavra diz: Persevere!
Martin Luther King Jr. disse:  "Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito."
A palavra prossegue dizendo: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Hebreus 12.1-2
Em outras palavras: Persevere!
CONCLUSÃO: PERSEVERANÇA PARA ORAR! VOCÊ TEM?
Essa história foi contada, certa vez, pelo Spurgeon. Um americano dono de escravos, na ocasião de comprar mais um, disse ao mercador com quem estava barganhando: - Diga-me honestamente: quais são seus defeitos?  O vendedor respondeu: - Que eu saiba, ele tem só um defeito: ele costuma orar.
- Bem - disse o comprador - eu não gosto disso, mas conheço algo que vai curá-lo rapidamente desse defeito.
Assim, no dia seguinte o escravo foi surpreendido por seu patrão quando orava com fervor em meio à plantação, intercedendo por este, a esposa dele e sua família. O homem ficou parado ouvindo, e não disse nada no momento; mas, na manhã seguinte, chamou-o e disse: - Não quero brigar com você, meu homem, mas não quero que ore na minha propriedade; portanto, pare com isso.
- Patrão - respondeu este - não consigo parar de orar; tenho que orar sempre.
- Vou ensinar você a orar se continuar com isso!
- Patrão, tenho de orar.
- Bem, vou lhe dar vinte e cinco chicotadas por dia até que você pare.
- Patrão, mesmo que me dê cinqüenta, tenho de orar.
- Se é assim que você é rebelde com seu patrão, vai ter logo o que merece.  O patrão amarrou-o no pelourinho, deu-lhe vinte e cinco chicotadas e perguntou se iria orar de novo.
- Sim, patrão, tenho de orar sempre; não consigo parar.
O patrão olhou atônito; não conseguia compreender como um pobre santo podia continuar orando quando não parecia lhe fazer nenhum bem, só perseguição. Contou à sua esposa do ocorrido. Sua esposa lhe disse: - Por que você não pode deixar o pobre homem orar? Ele faz bem o seu trabalho; você e eu não ligamos para a oração, mas não há mal algum em deixá-lo orar, se ele cumprir com suas tarefas.
- Mas eu não gosto disso - disse o patrão.  - Ele sempre me deixa muito assustado. Você devia ver como ele olha para mim.
- Ele estava com raiva?
- Não. Eu não devia me preocupar com isso, mas depois que eu o tinha surrado ele olhou para mim com lágrimas nos olhos, como se tivesse mais pena de mim do que de si mesmo.
Naquela noite o patrão não conseguiu dormir. Ele rolava na cama de um lado para outro; seus pecados lhe foram trazidos à memória, e ele se conscientizou de que tinha perseguido um santo de Deus. Sentando-se na cama, ele disse à sua esposa: - Mulher, você poderia orar por mim?
- Eu nunca orei em toda a minha vida - ela respondeu.  - Não sei orar por você.
- Estou perdido - disse ele - se alguém não orar por mim; não posso orar por mim mesmo.
- Eu não sei de ninguém aqui na propriedade que saiba orar, a não ser Cuffey, o novo escravo - disse sua esposa.
Fizeram soar a campainha, e Cuffey foi trazido. Tomando a mão de seu servo negro, o patrão disse: - Cuffey, você pode orar por seu patrão?
- Patrão, estou orando pelo senhor desde que me chicoteou, e pretendo orar sempre pelo senhor.
Cuffey caiu de joelhos e derramou sua alma em lágrimas, e ambos, marido e esposa, foram convertidos.
Aquele homem negro não poderia ter feito isto sem fé. Sem fé ele teria ido embora na mesma hora, dizendo: - Patrão, vou parar de orar; não quero mais o chicote do homem branco. Mas porque ele perseverou por sua fé, o Senhor honrou-a e lhe deu a alma do seu patrão por salário.
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Muitos são os obstáculos da vida. Muitas são as artimanhas do inimigo. Muitas são as dores e situações de intensa aflição a que somos submetidos.
Contudo, nessa jornada rumo ao que Deus tem preparado para os que o amam, nós somos convidados a lançar mão dos recursos que o Pai tem para nós.
A palavra do Senhor nesta tão sublime jornada em direção ao céu nos oferece através destes:
- Fé, - Esperança, - Perseverança;
Assim como na história do peregrino, somos peregrinos em terra estranha. Estamos partindo da cidade da destruição para o lar celestial. Enquanto a jornada não termina, estaremos sujeitos às grandes adversidades, mas o Pai não nos abandona nem nos deixa desprotegidos.
Assim como o salmista a palavra nos convida a declarar como ele:  "Eu creio que verei a bondade do Senhor na terra dos viventes. Espera, pelo Senhor; tem bom ânimo e fortifique-se o teu coração; Espera, pois, pelo Senhor"

Seja edificado através destas também...

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